quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Diálogo de fim de ano

- Ainda me lembro da Vó Dilza, no ano novo me dizendo que na virada do ano passava um velhinho na rua e logo atrás vinha uma bebezinha, simbolizando o nascimento de um novo ano. E me lembro de esperar a noite inteira lá na rua e não ver ninguém. Foi muito decepcionante.
- É, mas hoje a gente entende o que é o velhinho e a bebezinha.
E não nos decepcionamos porque conseguimos ver, de alguma forma ou de outra, o velhinho e a bebezinha passando.

FELIZ NATAL.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Motivos do Espírito

Eu lembro das coisas que ela me disse
Momentos que foram muito felizes
E os fatos que atrapalhavam esses momentos

Eu lembro das coisas que eu disse a ela
Ela nao me ouviu
Mas eu falei tudo a ela

Não a culpo
A culpa é minha
A lingua é minha
A cabeça, ainda que insana
É minha

E chegou então aquele momento
Foi difícil ver o quanto ele destrói
E alegra ao mesmo tempo a vida dela
Muito

Eu lembro das coisas que eu disse a ela
Ela me ouviu
Mas eu não falei tudo a ela

domingo, 29 de novembro de 2009

Lullaby

E tudo que acontecia
era mais uma realização
do mesmo sonho.
Mais uma vez, menino.
Com todo amor e pureza
que se podia ter.
Menino que ama a D. Aranha,
que vigia o Dr. Peixe.
Cuida do Seu Lagarto
enquanto o Mestre Camaleão se esconde.
Num mundo onde a D. Aranha cura, dança e ri.
O Dr. Peixe não esquece aquela história.
O Seu Lagarto dorme no escuro.
E o Mestre Camaleão se esconde.
Esse menino, maluco de felicidade,
se sente livre por perceber que
já não se apaixonava mais pela D. Aranha.

Mas alguém deve ser agradecido por tudo.
Por isso, te agradeço, Ziraldo,
por desenhar aquele risco, naquele céu.
Fazendo o menino ficar louco.
E te peço por quem já experimentou meu abraço,
mas hoje pode nem se lembrar mais.

Tuntz-tuntz faz o coração,
ou era apenas a batida
do Seu Lagarto no colo do menino
que mascava seu chiclete.
Pã-( pausa )-pã fazem os olhos
ou a D. Aranha se defendendo do menino.

Ah, faz o menino
porque Ziraldo fez seu sonho
vir ao mundo real.

- Faz a estrela
que o menino olha,
que olha pro menino,
que o deixa maluquinho.

Tic-tic, faz a lágrima ao cair.
Maluquinho, não mais.
Sozinho.

Passou.
E a noite acabou feliz.
Embora ter tido que tirar sua panela...
Menino??
Continuava sendo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Recado.

Muitos perguntaram por João Neiva.
Ele está bem.
Mandou um abraço a todos
e disse quem ele é.
Ele é O CARA.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Congrats. Thanks.

E lá se foi uma semana.
Não uma semana qualquer.
A melhor, que demonstra como as pessoas crescem.
Graduação, aniversários, crisma e festa.
Crescemos. Vemos pessoas crescerem.
Sentimos o tempo passar.
Sorrimos e choramos.
Cantamos e dançamos.
Dormimos e sonhamos.
Acordamos e realizamos.
Realizamos coisas incríveis.
Realizamos mais etapas de nossas vidas.
Nessa semana que se foi,
descobrimos como vale a pena.
Vale a pena sorrir.
Vale a pena viver.
Vale a pena esperar.
Vale a pena crescer.
Crescer e abandonar aquele passado é impossível. Então, crescemos e não abandonamos o nosso passado que ficou pra trás.
Crescemos, mas assistimos aos nossos filmes de criança.
Perdemos, mas ganhamos a nossa gloriosa recompensa.
Sofremos, mas fomos felizes.
E ainda somos. E mais, seremos.
Seremos muito felizes com todas as conquistas que vieram. Com todas que vão vir. Com todas que aqui estão.
E disso tudo, nada é por acaso.
Tudo nos ensina.
Nada me desanima.
Algum se imagina.
Se imagina grande, com o maior coração que a menor criança consegue carregar.
A gente aprende.
A gente percebe
que já não é necessário três litros de cachaça, mas uma boa dose de felicidade. E TUDO se resolve.
Seja agora, ou não.
Seja depois, ou não.
Seja antes, ou não.
Seja feliz. Aprenda, crie, cuide, viva.
Sonhe e realize.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Você só sai daqui quando o dia nascer!

"God is the DJ. Life is a dance floor."
"Subo bem alto pra gritar que"
"Eu só saio daqui quando o DJ também sair."

Obs: Sendo assim, dançarei até a vida eterna.

domingo, 4 de outubro de 2009

Muito obrigado!

Muito obrigado por tudo.
Por me fazer feliz nas melhores horas.
Por dizer as palavras certas, nas horas certas.
Por me dizer como eu sou grande.
Por me mostrar a verdade como deve ser mostrada.
Com todos os eufemismos possiveis.

Obrigado por me elogiar.
E também, por deixar tudo como devia estar:
todos rindo, curtindo, sem acabar com a graça.
Obrigado por me jogar lá em cima e fazer jus à imagem que eu tenho de ti.

Obrigado.

risos!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

João Neiva

João Neiva era um cara bacana, vivia feliz por fora. Por dentro, doía tudo. Seu coração, sua cabeça, cada vez mais num eterno paradoxo.
Gostava de uma menina que não lhe dava bola. Tentou outra menina, por sua insegurança de se prender à primeira. Tentativa frustrada. Sua auto-estima cada vez mais baixa.
Queria saber da vida de seu irmão, sua resposta alcançada era sempre a mesma. O puro silêncio da suja dor.
Se achava o tal, mas isso não era.
Não sabia mais o que fazer da vida. Em relação a nada.
Se ele não sabia, quem iria?
Mas todos acreditavam fielmente que João Neiva era a pessoa mais feliz do mundo. Já que essa era a impressão que ele gostava de passar.
João Neiva não desistia, sentia, sabia, queria que tudo passasse.
Sua vida escolhida, seu melhor amigo na mão.
Sua dor embora, sua paz no coração.
Quanto a garota, que todos já haviam esquecido, João Neiva continua lembrando dela.
Cada vez mais pessoas sabem o nome da dona, Dona da Mão. Duquesa do coração de João. Donzela da vida. Metade do coração de João.
Ah, o João. João tentou, não podemos dizer que não. Ele já disse à ela as palavras mais lindas. Já criou e perdeu coragem. Já sorriu e chorou por ela. Já sentiu um quê de reciprocidade. Mas, infelizmente, sua incerteza e medo de tudo quanto há o fizeram desistir de tentar.
Aquela música o lembra ela.
Aquela dança o lembra ela.
Aquela piada, aquela fala o lembram ela.
João Neiva lembra dela o tempo todo que o tempo não tem.
E por falar em tempo. O tempo passa e tudo na vida de João Neiva parece estar mudando. Menos sua garota que nunca foi sua.
Ela continua linda, doce, graciosa e bela.
Ah, o João Neiva é um trouxa.
Ah, o João Neiva é foda!
Ah, o João Neiva...
Pode existir gente melhor, pode existir gente pior. Mas igual ao João Neiva???
Ah, nunca.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Oh! Big River

Oh! Big River
Oh, don't you cry for me.
I come from Minas Gerais!
With my cheese on my knee! ♫

sábado, 5 de setembro de 2009

Me perdoe!

Sonhei contigo,
Óh, sonho meu!
Naquele sonho louco
que revirou tudo o que podia.

Fui ferido
por um beijo seu!
Um desejo tolo,
que não contive, pois sofria.

Sabia que não devia.
Sorria porque queria.
Fazia, mas não pedia.
Corria, quando entendia.

Num amplexo te acolho.
De perto te vejo
no reflexo do olho,
te acerto um beijo.

No teu nojo e desprezo
sai correndo.
Te chamo e não me ouve,
te seguro e te solto.

Teu nome, desejo.
Mas não entendo:
errei teu nome. O que houve?
Errei contigo. Como volto?

Queria mas não devia.
Fazia porque queria.
Corria quando podia.
Sorria mas não entendia.

Agora, triplamente doída.
Era sonho. Que sorte.
Pois, se fosse a minha vida.
Seria minha morte.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Suicídio incompleto

A todos que eu amo,
e sabem que eu os amo,
agradeço pelo amor
e também, pela dor do amor.

Infelizmente, já não quero mais
tudo o que me dás.
A pressão que traz
consigo seu capataz,
não me satisfaz.

Criei meu próprio algoz,
que porventura sou eu,
o qual me faz feroz.
Feroz com o amigo teu.

Amigo este
que agora te escreve.
Da beira da janela.
Com sua infelicidade,
sua dor no coração.
Com sua incapacidade
de se jogar no chão.

Esta carta foi feita,
mas nada mais.
Seu amigo não aceita
não ter mais Paz.

Paz que não tem
por ser três em um.
Ele, eu e quem
só quer ser mais algum.

Paz que foi desfeita
por vos amar demais.
Sua prima, que se enfeita!
Sua amiga, ou algo mais!

Deixo-vos de lado.
Dos meus pais eu me despeço.
Amo-os mesmo atado
ao meu cais submerso.

Submerso em pranto.
Por ter amado tanto.
Por continuar a amar,
desisti de pular.

Digo "tchau" a todos
nessa carta de despedida.
Passando só um rodo
em minha alma despida.

Despida e enfurecida
por dar um "tchau" e não um "oi"
Nessa carta de despedida
de alguém que nunca foi.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Essa aí passou. Essa aí passou. Essa aí passou ♫

Num sono profundo,
me encontrei com Jesus,
que me disse:

"Você pode pedir o que quiser!"
Pensando um pouco respondi:
"Quero ter três anos de novo!"

Ele me olhou no fundo e me disse:
"Se voltares aos três anos,
cada dia será igual aos que já passaram.
Tens certeza?"

Pensei melhor.
"Posso fazer dois pedidos?"
Sabendo o que eu tinha em mente,
respondeu:
"Claro."
"Posso deitar no Teu colo?"
E deitei.

Fiquei ali, provando daquela Paz,
durante tanto tempo
que me esqueci do outro pedido.
O "importante".

Ali fiquei, degustando até acordar.
Deixei passar mais uma oportunidade.
Mais uma.
De OURO!

Ou não.

terça-feira, 30 de junho de 2009

O ovo da minha marmita

Se numa marmita falta um ovo,
assim também, em mim falta você.
Pois a farofa do ovo é como
o sangue que corre nas minhas veias.
As quais, pulsam azeitonas
no seu empadão.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Teu Blog Merece Ser Filmado!

Ganhei meu primeiro selinho da Camilinha, doidinha que parece um animezinho, do blog: kamilagabriel.blogspot.com. Primeiro, preciso escolher 5 situações da vida para passar em câmera lenta. São elas:

1- Meu casamento;
2- Quando eu ganhar um grande prêmio;
3- Minha festa de formatura da faculdade;
4- Minha vida;
5- Momento de PAZ mundial.

Agora, oferecer o selo a 6 outros blogs:
Obrigathanks!

Encruzilhada

Hoje é domingo, pé de cachimbo (...)
Se de carro vou,
num cruzamento estou.
Mas se vou de corpo,
me encontro na vida.
No fim, dá no mesmo.

No cruzamento, os carros param
cada um tem sua preferência.
Como estou na vida, me despedaço
em prantos que vem
de onde, água, já nem mais tem.

Sem água na encruzilhada,
quem vive?
Sem água, quem vive?
Quem vive?

Já perco água, me vem comida.
Sem água não vivo,
mas, quem sabe, comida me sacie.
Sofro mutação, já não quero mais água.

E ai de quem a querer!

Espero não perder-te, comida,
como a água já perdi.
Sem água, sem comida,
perder-me-ei na vida
com sofrimento de Punto.
Pois...
"O buraco é fundo. Acabou-se o mundo."

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sobre um palco

Já deixei de comer,
por nervosismo de subir num palco.
Já cantei,
já dancei.
Já fiz gente me aplaudir de pé.
Já fiz gente chorar.
Já fiz gente rir.
Já fiz gente dançar.
Nunca fiz gente,
mas já fui gente.
De Jesus a batedor de carteira.
Já me converti.
Já apareci na suposta TV.
Já me filmaram.
De Hip Hop a forró.

E, em meio a tanta arte,
núcleos se desencadearam.
Isso mesmo,
minha vida virou uma novela.
Talvez, quem sabe,
um dia,
eu lance um filme!
Ou um livro, por ter mais detalhes!
Aguardem.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Abri os olhos ♫

Isso me estressa!
Falas de mim,
mas nem para o próprio umbigo
refletido no espelho
tens olhado.
Nem isso.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Caso e acaso

Se bates a porta,
a porta torta
que entorta a corda,
serei feliz,
escreverei com giz
que dentro estavas
quando entortavas
a torta porta.

Mas,
se acaso fora estiver
enquanto eu, pra dentro, vier
encontrar a solidão de um xofer
como este, por ser só
triste ficarei,
talvez triste com o dado nó
que me deste com a corda
que entorta a porta.

Por isso me deixes feliz,
bate a porta.
Que escreverei com giz,
na lousa torta,
ou até mesmo na tela:
"Eu te amo, minha bela!"

OBSimp: Erro de conjugação proposital.
Licença poética ( serve pra rimar).

domingo, 14 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Be happy


E se eu tivesse metade do teu coração,
como tens o meu inteiro,
colocaria-o como troféu.
Metade já me bastaria,
já me iluminaria.
Mas este está preso.
E só tu tens a chave.
Abra. E eu o pegarei.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bendito inseto maldito

E eu nunca gostei tanto de uma barata.
Pois aquela brilhante me fez seu herói da noite.

27/05/2009

16 anos nas costas.
Talvez, um pouco mais na cabeça.
E muito menos no coração.

domingo, 24 de maio de 2009

Tempo "livre" na sala de aula

-Aaaaah.
-Medo de você.
-Não tenha.
-Vou pensar no seu caso!
-Ok. Qualquer dúvida chama o Zorro. Chapolin?
-Pode deixar. Obg pela dica! Acho + bonito o Zorro mesmo :)
-Disponha.
-Só p/ isso? /TAPAREI ;x
-Ah, pode dispor p/ outras coisas também!
-Aiaiaiuiui. Vc tá ai ainda?
-Sim. E você?
-Não, eu morri faz 3 anos ;-;
-Ah, por isso que eu fiquei 4 anos te esperando =D.
-MIJOS. Relaxa que eu sou da Paz.
-Esse é o nome da sua funerária?
-Não... Sou da Paz Eterna.
-Paz Eterna, da onde?
-Do Parque da Paz. Conhece?
-Já visitei. Numa noite que não tinha nada pra fazer!
-Ah tá. Entendo. Fico vagando lá de vez em quando, vc sabe como é, sofro de insônia. D:
-É, talvez pq morto não dorme. Oo'
-Claro que sim. Um sono profundo. O.O
-Ah.Eu não durmo há 7 anos.
-Ah, você morreu tbm? Onde tá enterrado?
-Ah, não acharam meu corpo.
-Poxa, que triste. Morreu de quê?
-Não sei, foi rápido demais. Eu só vi qnd subi.
-Hum. *mfmf* Foi pro céu?
-Sim. Você não?
-Sim, tbm. Não tive oportunidades de cometer muitos pecados.
-Isso é bom...ou não. Com quantos anos morreu?
-Morri com 27, ainda virgem, até da boca. /CRY, e vc?
-Com 30. Morreu de quê?
-Mesmo problema que minha mãe.
-E qual era?
-PÁNELA...
-(?)
-Um trator deu ré e pá-nela.
-Putz. Que azar. As duas morreram assim. Mas pq que vcs estavam atrás de um trator?
-Tínhamos um terreninho no alto do morro do interior da minha cidade. Ficávamos vigiando os peão que trabalhava pra gente ( aqueles primo que trabalha em troca de pão e água).
-Nossa. Mas com 27 anos já se comete muitos erros. ^o)
-Erro só se for no trabalho braçal de cada dia. Pq não tinha tempo pra minha pessoa. Sabe como?
-Não, no dia que eu morri eu ia encontrar com uma menina.
-Que menina.
-Não sei, não conhecia, meu amigo ia apresentá-la naquele dia.
-Show de bola.
-Pra você, né?!
-Ou mais :P
-Ou menos. HAHAHA =D
-Vish que corte...vc tem uma colher?
-Não uso isso aqui. Pq quer?
-Pq tô te dando sopa. /Pegaelbgs =*
-

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Termo composto.

Se eu houvesse tido coragem.
Se meu instante de coragem
não houvesse passado...

Se eu a houvesse e havia amado,
haveríamos, nós, sido felizes.
Se houvesse e dúvida me amado,
haveríamos, nós, sido felizes?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Obrigado, Pai! Eu também Te amo.

E me valeu o dia,
aliás, todo o feriado.

Com duas horas de sono
à base de um pó sem resultado.
Num caloroso frio.
Sob a forte luz dos apaixonados.

Em faixas e mais faixas,
onde pessoas passam,
deitávamos em pleno gozo.
Gozo eterno pela luz,
pelo deitar.
Entre risos e fotos dizemos:
"Sim, é um protesto.
Contra a tristeza!"

E aquele céu,
ah, aquele céu,
que resolveu abrigar uma outra luz,
que chega num tom róseo.
Espanta a forte luz dos apaixonados,
aos poucos,
abandona o mar.
E aquele tom,
aos poucos,
nos vai aquecendo cada vez mais.

Cessamos, após risos,
conversas e piadinhas.
Em frente aquele mar
sem fim, aquele céu.
Recebo meu Senhor.
E tudo o que eu tenho que fazer
é agradecer.

Penso em algo,
penso melhor e desisto,
pois não fazia sentido.
Penso de novo e descubro
que não tinha como
não fazer sentido.
Não tinha como aquela água salgada
ser mais abençoada.

E de joelhos,
me benzo com aquela areia sagrada.
Me benzo com aquela água salgada.
E se pudesse pegar aquele céu sagrado.
Aquela nuvem abençoada.
Aquele sol caloroso, como minhas palmas à Ressurreição.
Aquela lua apaixonada, como eu já fui.
Aquelas estrelas, todas escondidas pelo calor.
Ah, se eu pudesse pegar tudo isso,
tudo abençoado,
me benzeria uma vez com cada um deles.

Que alegria imensa naquele dia.
De novo, eu digo:
"Obrigado, Pai!
Eu também Te amo."

terça-feira, 28 de abril de 2009

Araizim

E já não é mais a mesma.
O que houve contigo?
Parece que já não se festeia mais.
Praguearam-nos e nem ficamos sabendo.
Aos poucos, fomos nos separando.
Olhe o que nos resta, agora.
Antes, meu pique-pega, meu esconde-esconde.
Antes um elefantinho colorido.

Já não suporto mais te ver assim.
A mim, só resta uma resposta:
Praguearam-nos e nem ficamos sabendo.
Praguearam-nos por inveja. Só pode.

O Brasil, nunca foi tão grande.
E a minha vontade de voltar à cidade infantil, tão pequena.
Pudera eu ter esse poder.
Pudera eu te refazer.

Ah! velha cidade infantil,
acho que só o teu céu continua o mesmo.
Ou pelo menos, parecido.
O mesmo céu estrelado.
Nem tua igreja é a mesma.

Pudera eu voltar àquela cidade,
para te encontrar de novo, Araizim.
E como dizia o antigo
"Ney José, que já se foi":
Frutchau.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Super natural

Quem me dera poder relinchar.
Gorjear talvez, ou quem sabe rugir.
Quem me dera poder chover,
trovejar.

Expressaria-me de tal forma,
que ninguém nunca haveria visto,
ouvido ou feito.

Entre relinchos e trovões,
raios e gorjeadas,
conheceríam-me de tal forma
inimaginável.

Super saudável seria
chover quantas lágrimas quisesse.
Uivar a dor que me resta.
Miar de cansaço.
Hibernar após esgotar-me.
Cantar, acordando tudo e todos,
antes mesmo que o sol secasse
toda a chuva de lágrimas que derramei.

Porém apenas digo,
apenas ouço, apenas faço.
Apenas me resta dizer-te,
na vós do vento
que não tenho:
-
(considere dito).

quinta-feira, 19 de março de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

Friends?

Então...
continua a minha amizade,
continua a vontade de te querer aqui perto.
Mas agora já nao mais daquele jeito.

Há algumas recaídas cotidianas,
mas tá na paz.
Um dia você vai saber.
Tem esse direito.
-Friends?
-Forever.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Lembranças

Engraçado,
como uma minhoca
anda sobre 12 rodas.

Como ela consegue
dançar com seus pés,
que ela não tem.

Como a pequenininha
faz ginastiquinha

Engraçado como
eu não gosto
de minhocas,
senão pra pescar,
mas ADORO minhoca.

Seja rei, minhoca.
Rei da rua.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

E agora?

Mal posso esperar
pra chamar-te de amor.
Por dois motivos:

1º- É uma coisa
que eu quero muito.

2º- Não consigo achar
o momento certo,
a pergunta certa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Solidão x sonho.

Às luzes da noite,
caminha com a Solidão
o Sonho já esquecido.
Sonhado por
alguém que desistiu de sonhar.

Alguém que já
não acredita mais
no futuro, nem nos sonhos.

Já passou a caminhada.
O muro já chegou.
O Sonho esquecido
não tem dono, nem caminho.
E agora?

Solidão quer ser só.
Deixar o Sonho só,
meio a noite.
Sonho quer ser de alguém.
Deixar a Solidão,
meio a eternidade.
O Sonho só quer voltar
a ser do

Alguém que já
não acredita mais
no futuro, nem nos sonhos.

Solidão já sonhou
já deixou de amar
quis ser só.
Abandonou o sonho,
aos poucos, até chegar
no muro.
Sonho já foi sonhado.
Ama quem não lhe quer.
Se sente só.
Abandonado, aos poucos,
até chegar no muro.
Chora o Sonho
em saber que
a Solidão continua a ser

Alguém que já
não acredita mais
no futuro, nem nos sonhos.

Nem em si.
Pois até hoje
não conseguiu deixar
o Sonho andar
sozinho.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Acabou mesmo?

Após uma história confusa,
fui comprar refri.
Sem te pedir,
sem ninguém mandar,
foste comigo.
Sem me pedir.

Sob meus olhos,
indiretas infinitas.
Indiretas essas que me encorajaram.
Falei.
Sem falar o que tinha programado.
Sem chamar no canto.
Sem romantismo.
Pedi.

Deboche? Talvez.
Risos seus, e mais risos.
Insisto.
Não era deboche.
Quê? Não te escuto.

6h00m.
Hora de levantar.
Até amanhã.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Uau!!

Apesar de serem julgados lindos,
serem baseados em alguém.
Não passou de uma bobagem.
"Textos meramente digitados".
E se me perguntarem quem é o(a) dono(a)
de todos esses textos, direi:
EU.

E PONTO FINAL.






Apelo:
se algum dia eu PENSAR em voltar atrás, (e não passará disso. Porque as correntes sanguíneas não transformam pensamentos mentais em sentimentos do coração.)
me encostem na parede, olhem nos meus olhos, e me digam:
"Você é que sabe."

sábado, 24 de janeiro de 2009

Três em um.

Adidas no pé.
Andric na anca.
Oakley no peito.
Spy nos olhos.
Sentindo que tem estilo.
__________________

Quer estilo?
Compre.
__________________

Onde qualquer pedaço de papel
é digno de ser escrito.
E qualquer caneta que escreva
é digna de escrever.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Duas noites sós. À sós.

E ela estava lá, de novo.
Dessa vez não a podia ver.
Ao mesmo tempo, a via.
Oh Lua, some.
Aparece.
Beije.
Não me deixe.
Vejo seu brilho na minha pele,
mas não consigo sentir.
Sem nuvens, sem estrelas.
Eu, você. À noite, à sós.
Duas noites.
Duas luas, duas vezes.
Às vezes, certeza. Quem sabe, dúvida.
Talvez, razão. Quem dera, emoção.
Sim, lua. Eu sei.
A distância dói.
A incerteza mais ainda.