quinta-feira, 24 de setembro de 2009

João Neiva

João Neiva era um cara bacana, vivia feliz por fora. Por dentro, doía tudo. Seu coração, sua cabeça, cada vez mais num eterno paradoxo.
Gostava de uma menina que não lhe dava bola. Tentou outra menina, por sua insegurança de se prender à primeira. Tentativa frustrada. Sua auto-estima cada vez mais baixa.
Queria saber da vida de seu irmão, sua resposta alcançada era sempre a mesma. O puro silêncio da suja dor.
Se achava o tal, mas isso não era.
Não sabia mais o que fazer da vida. Em relação a nada.
Se ele não sabia, quem iria?
Mas todos acreditavam fielmente que João Neiva era a pessoa mais feliz do mundo. Já que essa era a impressão que ele gostava de passar.
João Neiva não desistia, sentia, sabia, queria que tudo passasse.
Sua vida escolhida, seu melhor amigo na mão.
Sua dor embora, sua paz no coração.
Quanto a garota, que todos já haviam esquecido, João Neiva continua lembrando dela.
Cada vez mais pessoas sabem o nome da dona, Dona da Mão. Duquesa do coração de João. Donzela da vida. Metade do coração de João.
Ah, o João. João tentou, não podemos dizer que não. Ele já disse à ela as palavras mais lindas. Já criou e perdeu coragem. Já sorriu e chorou por ela. Já sentiu um quê de reciprocidade. Mas, infelizmente, sua incerteza e medo de tudo quanto há o fizeram desistir de tentar.
Aquela música o lembra ela.
Aquela dança o lembra ela.
Aquela piada, aquela fala o lembram ela.
João Neiva lembra dela o tempo todo que o tempo não tem.
E por falar em tempo. O tempo passa e tudo na vida de João Neiva parece estar mudando. Menos sua garota que nunca foi sua.
Ela continua linda, doce, graciosa e bela.
Ah, o João Neiva é um trouxa.
Ah, o João Neiva é foda!
Ah, o João Neiva...
Pode existir gente melhor, pode existir gente pior. Mas igual ao João Neiva???
Ah, nunca.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Oh! Big River

Oh! Big River
Oh, don't you cry for me.
I come from Minas Gerais!
With my cheese on my knee! ♫

sábado, 5 de setembro de 2009

Me perdoe!

Sonhei contigo,
Óh, sonho meu!
Naquele sonho louco
que revirou tudo o que podia.

Fui ferido
por um beijo seu!
Um desejo tolo,
que não contive, pois sofria.

Sabia que não devia.
Sorria porque queria.
Fazia, mas não pedia.
Corria, quando entendia.

Num amplexo te acolho.
De perto te vejo
no reflexo do olho,
te acerto um beijo.

No teu nojo e desprezo
sai correndo.
Te chamo e não me ouve,
te seguro e te solto.

Teu nome, desejo.
Mas não entendo:
errei teu nome. O que houve?
Errei contigo. Como volto?

Queria mas não devia.
Fazia porque queria.
Corria quando podia.
Sorria mas não entendia.

Agora, triplamente doída.
Era sonho. Que sorte.
Pois, se fosse a minha vida.
Seria minha morte.