segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Who can judge her?

Because she decided to live her life. Without feeling down, depressed, ill. Perhaps the thought of having someone around her bed of hospital, doing everything to please her, or everything that she needs, never passed through her mind.  We don’t even know if she likes this scene.

She can’t stand up and walk alone till the end of the runway. Can you blame her? What would you have done, on her place. We don’t know what exactly he (the doctor) said, neither what exactly she heard. Will you still judge her?

It must be painful enough to see that pity look from people to her, all the time. To have people trying to please her on her last minutes – we don’t even know when it will be.

Perhaps she decided not to live those last minutes in a bed, on her house, trying not to throw up because of the medicines. Perhaps she decided to walk till the end of the runway all by herself. And she did. We don’t know if the medicines would allow her to do it, and wouldn’t lead her to the same bed of hospital, with the same people trying to please her, and the same pity look on her way.

It is sad to see her there, trying to find a piece of air, to put it into her, without feeling tired because of it. It’s sad the look on her face. But she doesn’t regret. Because she lived her last days the way she chose.

And my question remains:

Who can judge her?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Not dismissed at all

Ouça enquanto lê...

E me basta fechar os olhos, para que nossa noite venha à minha cabeça:

Sentados na mais macia das camas, consegui seu carinho, senti sua pele macia e ganhei um beijo seu.
Nas carícias mais delicadas, nos beijos mansos, no afago e no respeito, rolamos um por cima do outro como se cair fosse impossível. E talvez fosse mesmo impossível cair ali, pois estávamos seguros um nos braços do outro. Aventureiros, desbravadores, prontos a explorar cada pedaço daquela cama, onde nos deitamos, rolamos e trocamos nossa carícias mais delicadas e os beijos mansos. 

"Espere, tenho algo a dizer!"
"O quê?"

E fui rei, fui príncipe, bem cuidado. Majestosos, reinamos sobre o nosso próprio mundo. Aquele iluminado com luz baixa, regado com suor, perturbado por gemidos e que balança no balanço do amor. E de tanto balançar e trocar carícias, esgotamo-nos na Cama Real de nosso próprio mundo.

Nus. Assim nos encontraram ao nascermos e assim nos encontrariam agora, se rompessem a porta. Assim estávamos após o gozo. E agora, a lei do nosso mundo é ter só "o teu corpo nu, junto ao meu corpo nu". E deitadinhos ali, começam os devaneios, os delírios, talvez a desacreditação de que tudo realmente tivesse acontecido.
E confesso: pra mim é a melhor parte. Delirar e devanear nu, agarrado e feliz!

"Boa noite"
"Bom dia. Me deixa te fazer feliz?"

Por que não aproveitar os últimos momentos ao seu lado, nesse dia que acorda tão feliz, com os passarinhos cantando? Or should I say, "happily"? 
Então aproveitamos e voltamos ao mundo verdadeiro. Sem mais suor ou gemidos.
Apenas a frase de uma antiga história que ecoa na cabeça:

"O dia amanheceu tão lindo. Eu 'dormi' e 'acordei' sorrindo."