quinta-feira, 2 de abril de 2009

Super natural

Quem me dera poder relinchar.
Gorjear talvez, ou quem sabe rugir.
Quem me dera poder chover,
trovejar.

Expressaria-me de tal forma,
que ninguém nunca haveria visto,
ouvido ou feito.

Entre relinchos e trovões,
raios e gorjeadas,
conheceríam-me de tal forma
inimaginável.

Super saudável seria
chover quantas lágrimas quisesse.
Uivar a dor que me resta.
Miar de cansaço.
Hibernar após esgotar-me.
Cantar, acordando tudo e todos,
antes mesmo que o sol secasse
toda a chuva de lágrimas que derramei.

Porém apenas digo,
apenas ouço, apenas faço.
Apenas me resta dizer-te,
na vós do vento
que não tenho:
-
(considere dito).

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