domingo, 15 de maio de 2016

Saudade

Ouça enquanto lê...

Essa é uma palavra doída.
Às vezes, não sai da boca; às vezes, não sai do peito.
Às vezes, conseguimos com um simples telefonema sanar tamanha dor que tal palavra traz.
Às vezes, morrer parece a solução.

Uma palavra que consegue sair do estômago e escapar pelos olhos,
pela voz,
pelas mãos...

O peito vai apertando, como se respirar fosse impossível.
Os olhos se enchem, mas nem existem mais lágrimas pra caírem.
Não se consegue parar de chorar, mas nem se quer parar de chorar.
A vontade que se tem é de se contercer e gritar.

Será que o grito é capaz de chegar ao seu ouvido?
Será que você saberia a importância que tem pra mim, caso eu pareça um louco gritando e chorando a mil quilômetros de distância, ou talvez a uma distância impossível de ser calculada?
Vou sofrer sozinho em vão, então?

Eu não sei mais terminar isso aqui.
Talvez tenha perdido um pouco a prática da escrita.

Então, aqui no fim, vou só dizer que vocês fazem muita falta.
Que de vez em quando eu choro baixinho, calado, sem nem ninguém saber...
Minha saudade é tamanha que mil anos não seriam suficientes.
E meu medo é de chegar o dia em que vou sentir uma saudade que jamais será acalentada.