segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A meu modo

Tem certas vezes na vida que a gente para pra pensar em nós mesmos.
Algumas pessoas até que fazem isso o tempo inteiro. Mas eu não costumo pensar no meu modo de agir, de pensar. Apenas ajo, apenas penso. E quando dá na telha eu reflito sobre a forma que agi e pensei sobre as coisas.

O que acontece é que eu tenho um jeito peculiar de gostar das pessoas e de me irritar com elas, às vezes até mais do que deveria. É peculiar, e egoísta eu diria, a forma como eu exijo das pessoas que elas sejam outras pessoas. Eu implanto nelas características que nunca foram delas. Recolho o que faz parte de suas essências. Ou pelo menos, desejo isso profundamente. Penso e peço incessantemente que elas se mudem. Que elas continuem. Manipulo, manipulo mesmo, manipulo com força. Ou pelo menos tento.
Nem sempre as pessoas querem conversar, nem sempre estão bem. Nem sempre elas gostam de você como você dela. Mas eu exijo sempre que sejam iguais a mim, que se importem com as mesmas coisas. Que busquem as mesmas coisas. Que tenham os mesmos gostos. Que gostem de mim. Eu exijo isso.

Quão doentio é, por exemplo, ficar bravo porque não veio falar comigo durante a tarde? Quão doentio é, meus caros, pedir a toda hora que atenda o seu clamor? Quão doentio é pedir que sejam todos assim, a meu modo?

Eu só espero que eu entenda que cada um é de um jeito. Espero me desligar dessas coisas. Espero que cortem isso de mim. Espero que corte, eu mesmo, isso de mim.
Espero por você, numa tarde qualquer, pra uma papo e um café.

Mas cuidado, esperar cansa.

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