quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Permita-se!

E chegou o dia tão esperado. Fui visitá-lo em sua cidade.
A desculpa que dei aos meus pais é que estava a ponto de surtar. Precisava sair, conhecer um lugar novo. Que éramos só amigos.
Ele havia feito o convite, para eu visitá-lo. E, por ventura, seus pais haviam viajado!

O dia chegou. Eu estava lá. Nos divertimos durante o dia. Eu o olhava de uma forma diferente daquela que costumava olhar... E tinha quase certeza, que seu olhar era recíproco.

Passamos o dia inteiro com os amigos dele, nos divertindo, brincando, sendo felizes. E, ao fim do dia, fomos para sua casa para podermos continuar a felicidade que fora o dia. Fizemos aquele jantar especial, bebemos aquelas bebidas especias e trocamos as famosas indiretas especiais.

Até que todo mundo foi embora. E ficamos só eu e ele.
Fiquei sentado no sofá, enquanto ele despedia do povo que estava à porta. Após ter terminado de se despedir, sentou-se ao meu lado. Meu coração pulava e eu quase conseguia ouvir o seu também. Se eu poderia ouvi-lo, poderia, ele, ouvir o meu?
Então ele se aproximou. Beijou a trave. Fechei os olhos. "Por favor, um pico de sensatez. Por favor, um pico de sensatez." Não sei ao certo quanto tempo durou, mas foi longo, muito longo. Tão longo quanto o último minuto de uma aula.
Coloquei minha mão em sua face, como quando se segura o rosto de alguém para acertar-lhe um beijo. Olhei em seus olhos. Torci minha boca em tristeza. Fechei meus dedos em sua barba e afastei seu rosto do meu. Não consegui dizer uma palavra. Apenas olhava e reprovava. E ele tentava entender.

Saí do sofá, nos arrumamos para dormir. Muito gentil que era, preparou pra mim sua cama e deitou-se em um colchão no mesmo quarto. Terminei de me arrumar e entrei no quarto. E lá estava ele, deitado de barriga pra cima, um pouco inclinado, olhos semi-cerrados e seu braço direito por trás da cabeça. Ali deitei. Em seu peito descoberto. Afinal, só seus pedaços mais íntimos não estavam descobertos.

Se antes eu ouvia seu coração, agora podia senti-lo. "Ai, meu Deus. O que estou fazendo aqui?", pensava.
Até que o silêncio foi quebrado, por uma voz que não queria sair e que não era a minha.

"Eu pensei que você quisesse. Que estivesse afim."
"Um dia eu estive, e tive que confirmar que eu seria mais forte!"

Seu peito estava molhado. Mas ele não suava.

"Você não tá querendo ser mais forte. Você está sendo covarde! Vai conseguir passar os dias pensando no gosto do meu beijo?"

Fui obrigado a levantar. Já senti tudo que queria ali. Era hora de dormir.

"Aposto que tem gosto de baba. Eu arranjo outros. Alias, prefiro a dor da saudade do que a da desilusão."
"Permita-se!"
"Eu jamais me permitirei sofrer!"

Levantei e fui pra cama! Afinal, já passava da hora de dormir.

3 comentários:

Lygia X. disse...

=OOO
My Lord!!!!
Isso ficou TÃO sexy!!!
Poderia juntar com a canhota e fazer outras coisas... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (é muitooo dificil ter vergonha na cara, falaew, Ota!)

Ananda disse...

Eu ainda queria saber do que vc fala!!!

Robert P. Campista disse...

bom conto erótico, com final não feliz.