Feche os olhos e deixe a cabeça voar.
Como se o céu fosse seu chão,
e você pudesse pisá-lo.
Rodopie ao som da sua música favorita,.
Seja brisa,
seja o próprio ar que te dá impulso.
Suspire,
Arranhe os céus.
Pule de nuvem em nuvem se quiser,
ou apenas rodopie sobre os próprios pés.
Abra seus braços
e feche-os.
Acaricie o nada.
Afinal, o carinho é pra você.
Toque seu rosto,
seus braços,
o chão
e o ar.
Não pense,
apenas sinta,
apenas seja essa coreografia,
da sua música favorita.
Mexa seus pés como precisar,
é tudo possível.
Está tudo ao seu alcance.
Mas pra mim não é possível,
Mas não está ao meu alcance.
Meus braços se fecham,
Não consigo tocar o chão, porque ele não existe.
Não toco meus braços, porque não suporto.
E quando encontro meu rosto, é molhado.
Não sinto carinho,
e o nem o "nada" está ali.
Se me rodopio, entonteço.
Se me ponho de pé, eu caio.
Se dou um passo da minha coreografia, tropeço.
O céu é inalcançável,
e o ar que sou, me falta,
e eu, então, acabo suspirando em falso.
Fecho os olhos, mas minha cabeça não voa.
Afinal, é pesada e não se distrai,
E, por fim,
eu penso e só existo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário