Ouça enquanto lê...
É estranho como nos sentimos sozinhos.
Existem tantas pessoas no mundo, tanta gente falando com a gente e parece não ser suficiente.
Continuamos procurando por uma pessoa que nos preencha. Que saiba exatamente do que estamos falando ou que, pelo menos, realmente deseja saber. Que tenta entender and stuff.
Procuramos por pessoas que nos possam fazer rir e que podemos chorar. Procuramos por pessoas que não nos abandonem. Que sempre vem - não importa quando, onde ou como - perguntar como você está. E, sabe o quê mais? Pergunta por perguntar. Porque sabe que isso é importante.
Não sei quantas vezes fui preenchido por todos os amores. Quantas vezes entupi cada veia minha com a presença deles todos, de uma forma ou de outra. E posso garantir que aprovetei cada vez.
Mas também já estou perdendo as contas de quantos minutos estão passando e eu estou vendo todos indo embora e se esquecendo que eu estou sempre aqui. Quantos segundos passaram desde quando disseram tchau pela última vez até o momento que me chamaram pra perguntar como estou. Assim, só por perguntar.
Vazio. Quando não estamos entupidos de amor, é vazio. Vazio em cada veia, em cada artéria, átrio, espaço-porta e todas essas coisas que existem no corpo e que podem ser preenchidas por amor ou ficar vazias.
Quantos entendem a sua linguagem? Quantos querem falar com você? Quantos querem sua presença?
E se você vai lá, só dar aquela checada, será que eles fazem um favor pra você por te responder? Ou será que eles estão percebendo o que realmente está acontecendo?
Talvez todas essas perguntas tem respostas com sentido negativo. Afinal, se eles fossem tão espertos quanto você pensa ou até mesmo tão amigos, você não sentiria vazio corpo adentro.
Talvez o mundo inteiro esteja vazio. Preenchido apenas por você.
Ou talvez esteja, mesmo, totalmente vazio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário