Quando é pra acontecer, acontece.
E foi assim que se conheceram.
Ao embarcar em algo tão indestrutível.
Salvou sua vida, uma vez.
Afinal, estava cansada de tanta baboseira,
futilidade, submissão.
Mostrou-lhe a vida.
Mostrou-lhe o que é viver.
E, assim, salvou sua vida muitas outras vezes.
Fatalidades...
Acontecem.
Se salvaria,
mas foi em busca daquele que havia salvado sua vida.
Ora, pois o quê lhe custaria retribuir tal favor?
O quê lhe custaria salvar a vida do seu amor?
Pobre mulher,
eles conseguiram. Estavam vivos.
Mas e o resgate? Onde estava?
Havia mil e quinhentas pessoas,
no momento em que acontecera tal tragédia sob seus pés.
Havia vinte barcos ao redor.
Apenas um voltou.
Voltou por seis pessoas.
Dentre elas, apenas uma integrante do casal.
Sua promessa deveria ser cumprida.
Deveria se salvar.
Abandonou o corpo vazio que lhe fizera companhia,
que lhe tinha salvado de si mesma.
Agora, ele só existe em sua memória.
Agora, jazia no Atlântico.
Dê ao mar seu diamante,
pois não há ninguém melhor para recebê-lo.
Pois, se no mar o abandonou, Rose,
agora, o mar inteiro tornou-se o seu amado.
2 comentários:
Arrepiei com a última frase. Maravilhoso, Ota!!
;***
Que pena Ota.
A tia levou umas coisas prá mostrar a vc como isso tocou meu coração e acabei não te mostrando...
Te amo.
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